
Não vou dizer que o mistério das trufas, a delicadeza dos mirtillos, a excentricidade dos cogumelos, a elegância da Dijon, a perfeição do pesto e dos queijos mais finos, o negrume do shoyo, e todo o sem-fim de ingredientes inebriantes que fazem comida pelo mundo à fora, não seduzam todos os meus sentidos, mas é a cozinha brasileira que alimenta a minha alma.As mil possibilidades da mandioca, a brancura do coco, o calor da pimenta de cheiro, a explosão de cores e sabores das nossas frutas tropicais, a promessa do cacau, o cheiro do café, os mil feijões, os frágeis beijus, a versatilidade do milho, o afetuoso açúcar, as outrora pobres carnes-secas, os inúmeros mariscos e peixes de nossas águas e a pupunha de nossas palmeiras, a densidade do dendê...Não, definitivamente toda essa indumentária brasileira de comer, as maneiras, os segredos, a distinção e riqueza de tradições de cada região, cada uma a seu modo, e todas, absolutamente todas, deliciosas, fazem da nossa culinária uma referência de riqueza e beleza gastronômica indiscutíveis.Salve o cuxá, o
bobó, o caruru, o
vatapá, o acarajé, o abará, o caranguejo, o
bolo de rolo, o
cuzcuz, o
beiju, o
mingau, a galinha de cabidela, a paçoca de carne, o , a carne seca, o jerimum, a
moqueca, a
farofa, o arroz-de-marisco,o bolo de pubá, o
pirão, o dandá, o biri-biri, os bolo de tapioca, de macaxeirae e de milho, os quindins de iaiá da região Nordeste!
Brindemos com
cachaça e o licor de frutas regionaisa esse divino banquete.
Sim, porque a nossa cozinha é coisa dos deuses.
Amém!
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